sábado, 15 de maio de 2010

Pisos esportivos: tipos e características

I -Informações gerais sobre quadras esportivas

As quadras esportivas requerem medidas mínimas, ter piso adequado ao esporte praticado e,se necessário, uma boa iluminação. Especial atenção deverá ser dada a compactação, nivelamento e drenagem do terreno. A qualidade do contra-piso e seu nivelamento também são outros aspectos muito importantes. Se estes aspectos não forem tecnicamente bem resolvidos eles poderão comprometer seriamente o resultado esperado, independente da qualidade do piso a ser escolhido . Recomenda-se então a contratação de assessoria especializada para lidar com estes detalhes construtivos fundamentais.

II - Características desejáveis de um piso esportivo

Absorção de Choques : É a capacidade do piso para absorver a energia de qualquer tipo de impacto, como a corrida, os saltos e, evidentemente, as quedas. No entanto, não é ela que determina o conforto do piso. Ele está diretamente relacionado com a natureza do material e sua capacidade de deformação e compressão em volta do ponto de impacto. Por esta razão, os pisos tedem a ser mais confortáveis quando sua reflexibilidade se concentra em pontos e não em áreas.

Fricção uniforme : A fricção (atrito) de um piso esportivo deve ser uniforme em todas as direções. Desta forma, não só aumenta a capacidade do piso para a prática esportiva, como também reduz o risco de lesões, como entorses ou torção de tornozelos.

Ressalto da bola: Esta característica determina a capacidade do piso para a prática esportiva. Quanto maior a capacidade de ressalto ( "quique") da bola melhor será o piso. No entanto, um aspecto importante do ressalto da bola é que ele deve ser uniforme e regular. Um bom piso esportivo permite um ressalto de bola idêntico em todas as áreas e em toda a sua extensão.

Restituição de Energia : Capacidade de flexeção e retorno da superfície para a posição inicial. Determina o comportamento do piso. Se o comportamento for muito fraco, há uma sensação de correr na areia. Pelo contrário, se o comportamento é demasiado intenso, a sensação é a de se jogar sobre um trampolim. Deve haver um esquilíbrio entre estes dois extremos para garantir uma ótima capacidade do piso para a prática esportiva com segurança

III - Tipos de pisos esportivos

Concreto: Um dos pisos mais usados no Brasil. Sua execução é bastante simples e seu custo relativamente baixo. Todavia, quando contruído de maneira inadequada, apresenta rachaduras constantes e requer frequentes reformas. Tem contra si o fato de que não apresentar nenhum de tipo de amortecimento para a prática esportiva , além de ser bastante abrasivo no caso de uma queda . Outro aspecto a ser considerado também é a alta temperatura da superfície , quando externa, durante períodos de alta incidência solar.

Asfalto: Piso de fácil construção e variadas aplicações. Basicamente feito em camadas de pó de pedra, pedra e emulsão alfática com acabamento superficial em resina. Oferece um conforto maior para a prática esportiva quando comparado com o concreto, apesar de um custo maior.

Areia: Piso muito popular para a prática do volleyball e futebol society. Composto por uma camada de areia superficial assentada sobre uma contra-piso composto por camadas de pedras de diferentes tamanhos. Simples de construir e manter, mas de utilização esportiva bem mais limitada do que as demais alternativas.

Saibro: O piso mais utilizado para a prática do tênis: mais de 50 % dos torneios mundiais deste esporte são disputados nesta superfície. Apresenta elevado grau de complexidade para sua construção, além de alto custo construtivo e de operação. Ele é composto basicamente por argila, saibro e terra vermelha, além de uma camada superficial de pó de tijolo. Tudo isto compactado sobre uma base de cacos de tijolos. Precisa ser mantido úmido e por isto deve ser molhado constantemente. O sistema de drenagem neste tipo de superfície é ainda mais crítico, uma vez que este tipo de superfíce vira lama sob chuva intensa.

Madeira : Usado somente em ginásios cobertos , este tipo de piso apresenta excelente desempenho esportivo para qualquer esporte. Todavia apresenta elevado custo construtivo e de manutenção. As madeiras mais usadas para sua execução no Brasil são o ipê e o pau-marfim. Recebe um acabamento superficial em verniz e requer aplicação de ceras especiais em sua manutenção. Por sua natureza, este piso deve receber tratamento periódico contra fungos, bactérias e cupins. Sua instalação dever executada de forma a evitar a umidade a todo custo. Por isto, em geral, o mesmo é assentado sobre barrotes longitudinais de 50 em 50 cm, de forma a evitar o contato direto da madeira com o contra-piso.

Sintéticos
: O avanço da tecnologia permitiu que recentemente se desenvolvessem diversas soluções visando aumentar o conforto, a segurança e o desempenho dos pisos esportivos. Esta categoria de superfície esportiva oferece diversas opções. A mais comum é uma camada de borracha especial , com diversas opções de espessura, aplicada diretamente sobre o contra-piso. Outra alternativa bastante popular é a grama sintética utilizada em esportes como futebol, hóquei, rugby. Outra opção é uma manta de espuma especial com acabamento superficiasl em borracha utilizada exclusivamente em ginásios cobertos. Mais recentemente surgiram pisos modulares em placas de polipropileno de alta resistência com sistema de amortecimento e com diversos tipos de acabamentos superficiais. Até o saibro ganhou uma alternativa artificial: já existe uma solução sintética composta por um contra-piso semelhante a grama artificial sobre o qual é depositado um pó mineral que substitui o pó de tijolo.